quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


BARUCH ATAH ADONAI ELOHEINU MELECH HAOLAM, ASHER KIDSHANU BEMITZVOTAV BETZIVANU LISHMO'A KOL SHOFAR. 
"Bendito sejas tú Eterno nosso Deus, Rei do Universo, que nos Santificaste com os teus Mandamentos, e nos mandaste escutar o som do shofar."












                     A MÚSICA ISRAELITA
 Culturalmente, cada país mantém o seu estilo musical; e todo critério sadio certamente fará bem à adoração divina.
Os hebreus não possuíam o hábito da grafia musical, o que faziam era ditado pela tradição. O documento que nos fala de sua música é a Bíblia, 
que não só nos fala da música Hebréia, mas está cheia dela; é a música sacra dos salmos e dos hinos.

Com Davi - pastor, poeta e musicista - começa o apogeu da música judaica, tornando-se o rei, Davi iniciou a construção do majestoso templo de Jerusalém onde o culto tinha um caráter essencialmente musical."Aparentemente a música israelita era bem ritmada, produzida primariamente por instrumentos de corda e percussão".Vamos citar um versículo como exemplo:"Davi e toda a casa de Israel alegravam-se perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, com harpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros e com címbalos" (2º.Sm. 6:5).Ao contrário do que podemos constatar,lamentavelmente, em muitas igrejas, o povo eleito de Deus, os judeus, possuía, conforme se vê nos escritos sagrados, mormente nos livros do Antigo Testamento, uma apresentação musical bastante diversificada e expressivamente sonora e com ritmos distintos.Fica difícil conceber um Deus que, no passado, se deleitava coma abundância de instrumentos musicais e sua conseqüente sonorização, e que nos dias atuais tenha se abdicado deste critério, banindo assim uma legítima expressão de louvor, geralmente brotada de um coração abastecido de agradecimento.Deve-se, é claro, salientar que, culturalmente, cada país mantém o seu estilo musical; e todo critério sadio certamente fará bem à adoração divina. Porém certamente Deus receberá um louvor que lhe seja dirigido, desde que nasça muito além da visualização instrumental ou da expressão corporal, normalmente do sentimento íntimo do adorador.



          Outrossim, o instrumento não é o único fator determinante na aceitação da adoração que o homem presta ao seu Deus. Ou seja, não é o instrumento que vai determinar se o louvor prestado a Deus é santo e legítimo, mas o estado espiritual do adorador que manuseia o referido instrumento.Concernente ao melhor instrumento para o sincero louvor a Deus, eu creio piamente que Deus prefere um santo tangedor com um simples instrumento nas mãos, do que um santo instrumento nas mãos de um simples tangedor. Senão, lembremo-nos das palavras de Jesus:"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo. 4:23,24).O conceito básico de adoração é o reconhecimento do valor de quem é adorado. Devemos reconhecer "em espírito" (contrastando com os meios materiais) e "em verdade" (contrário do erro e da falsidade) o valor absoluto de Deus.Concluindo, a música na Bíblia ilustra três situações distintas: A alegria na terra (Sf. 3:17; Ef. 5:19) A felicidade no céu (Ap. 5:8,9) A calamidade, quando extinta (Is. 24:8; Ap.18:22)







Origem Judaica Sefaradita Anussim

1 – INTRODUÇÃO
          Os Sefarditas (do hebraico Sefardim, no singular Sefardi) são todos os Judeus provenientes da Península Ibérica (Sefarad). Tais Povos por muitos séculos foram perseguidos durante o período da Inquisição Católica. E por este motivo, fugiram para países como Holanda e Reino Unido; além dos países do Norte da África e da América como: Brasil, Argentina, México e EUA; e desse modo, tiveram que seguir suas tradições secretamente ou até mesmo abrir mãos das Tradições do Judaísmo, tudo em busca da sobrevivência. Sendo que alguns ainda tiveram que se converter forçadamente ao Cristianismo Católico.

2 – CONTEXTO HISTÓRICO Ao longo da História o Judaísmo sofreu inúmeras perseguições por parte de seus opositores, dos tais destacam-se os Romanos, Católicos e Nazistas. Nestas condições, muitos Judeus perderam suas identidades culturais, e assim, várias gerações surgiram sem o contato explicito com as Tradições do Judaísmo, seja ele Ortodoxo ou Messiânico. De fato, tudo isso iniciou com a segunda Diáspora, onde o General Tito, filho do Imperador Vespasiano, sufocou a primeira rebelião no ano de 70 d.C. (tendo ela sido iniciada em 66 d.C.), o que culminou na destruição do Templo e na morte de quase 1 milhão de Judeus. Sendo que a Diáspora só se concretizou após a segunda revolta dos Judeus, iniciada em 132 d.C. e dissolvida pelo Imperador romano Adriano em 135 d.C. E assim, proibidos de entrarem em Jerusalém e sendo eles expulsos da Palestina (região da Judéia), os Judeus se espalharam pelo Mundo. Aos poucos a Europa foi sendo habitada por Judeus refugiados da ira romana, principalmente na região da Península Ibérica. Tempos depois, os Judeus novamente passaram a ser vítimas de perseguições, desta vez, promovidas pela Igreja Católica Apostólica Romana; que instaurou a fogueira da Inquisição. Assim, um dos crimes alegados pela Igreja, era o “crime de Judaísmo”. Em que o indivíduo era proibido de exercer sua judaicidade. Neste caso, a partir da feroz Inquisição espanhola de 1478 até 1834, em que Judeus e inúmeros outros indivíduos, foram julgados por possíveis atos contra os preceitos da Igreja. Sendo que os Judeus foram expulsos da Espanha no ano de 1492. Perseguidos e desamparados, os Judeus espanhóis tiveram que se refugiar em Portugal. Estando lá, foram feitos escravos, embora conquistassem a liberdade em 1495, beneficiados com a Lei promulgada por D. Manoel ao subir ao trono. Mas em 1496, assinou um acordo que expulsaria todos os Judeus Sefarditas (ou Marranos) que não se sujeitassem ao batismo Católico. Sendo que no ano seguinte, as crianças Judias de até 14 anos foram obrigadas a se batizarem e em seguida adotadas por famílias Católicas. Com a descoberta das terras brasileiras em 1500, pela a esquadra de Cabral, a sorte de muitos Judeus mudaria.

          Pois em 1503, o Judeu Fernando de Noronha com uma considerável lista de Judeus, apresenta o projeto de Colonização a D. Manoel. Porém, o Povo Judeu ainda passaria por mais um triste episódio, quando em 1506, milhares de Judeus foram mortos e queimados pelo Progon da capital portuguesa. Além de tais Judeus (Cristãos Novos) terem presenciado o contraditório D. Manoel estabelecer a lei que dava os liberdade e os mesmos direitos dos Católicos, em 01 de março de 1507. O mesmo D. Manoel que em 1515 solicita ao papa um sistema de Inquisição semelho semelnatede Inquisiçita ao papaqueimados triste ep por famSefarditas (ou Marranos)ante ao espanhol. E desse modo, a solução para estes Judeus Marranos, foram a de aderirem ao movimento de Colonização do Brasil, quando em 1516, D. Manoel distribui ferramentas gratuitamente a quem quisesse tentar a vida na Colônia. Em 1524, D. João III confirma a Lei de D. Manoel (de 1507), que consolida a lei de direitos iguais aos convertidos à força. No ano de 1531, Martin Afonso de Souza (aluno do Judeu Pedro Nunes), recebe de D. João III a autorização de colonizar o Brasil sistematicamente. Em que 1533, o mesmo funda o primeiro engenho no Brasil. Durante um bom tempo, os Judeus passaram por inúmeras revira-voltas quanto a benefícios, confiscos e até mesmo mortes. Porém, os mesmos gozaram de plena liberdade religiosa durante o domínio holandês de 1637 a 1644 (na gestão de Maurício de Nassau), quando fundaram a primeira sinagoga no Brasil, a Zur Israel. Mas, com a retomada portuguesa em 1654, os Judeus foram de fato expulsos e alguns migraram para outros países. No período de 1770 a 1824, os Judeus passam por mais uma fase de aceitação; sendo que em 25 de maio de 1773, é estabelecida a abolição dos termos Cristãos Novos (Judeus) e Cristãos Velhos (Católicos), passando todos a terem os mesmos benefícios e sem distinções.

        A partir de 1824, o movimento tais Judeus (Sefarditas ou Marranos), passa por um período de “assimilação profunda”, isto é, inicia-se uma fase de parcial esquecimento de suas Tradições, devido a séculos de repressão e pelo contato direto e extensivo com uma cultura etnocêntrica, que mesmo os aceitando perante as leis, tratavam-os com desprezo e repressão. A solução mesmo, partiu do pressuposto do esquecimento e sectarismo, o que permitiu com que várias gerações crescessem sem ter uma real noção de suas legitimas raízes. Desse modo, estima-se que no Brasil, vivam cerca de um décimo (1/10) ou até mesmo 35 milhões de Judeus Sefarditas, entre eles os Judeus Asquenazitas (provinientes da Europa Central e Oriental).
3 – CONCLUSÃO Portanto, fica evidente a existência de uma grandiosa cripto-Comunidade Judaica na Península Ibérica (Portugal e Espanha), assim como nos países do continente americano (a exemplo do Brasil) e africano. E com isso, percebemos o quanto à segregação e o etnocentrismo promovem a destruição de princípios, gerando um “câncer” na liberdade individual e conjunta, como também, na tradição religiosa. O que aglutina ainda mais a odiosidade entre as Religiões e os Povos, que se distanciam ainda mais de possíveis e saudáveis diálogos baseados no bom senso.
Shalom!


Eu e a minha casa serviremos ao senhor.

3 comentários:

  1. Estamos nos aproximando cada vez mais da Fé e das raízes da Congregação do 1º século, isto é; o Judaismo e o Mashiach Yeshua completam o homem e agradam a D'us, "Hashem".

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ari Noronha: "una misión espiritual con su arpa."

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